sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Agradecimento

E se eu tivesse algo pra lhes dizer seria: parem de ser tão iguais!

Parem com toda essa auto ajuda cega, parem com essas frases inspiradoras de celebridades que nunca disseram isso, parem de gostar da mesma música e de rir do mesmo filme, parem, parem com esses amores de cinema vãos, parem de sorrir esse amarelo, parem, parem de achar que sofrem mais, parem de achar que deveriam ganhar mais, parem com essas piadas sem graça, parem, parem de idolatrar ídolos vãos, parem com essas crenças sem fundamentos, parem de achar que não são palhaços, parem de viver de pão e circo, parem de ter preguiça de pensar, parem de achar que ser burro é bom negócio, parem, parem de pensar que o sistema já não os engoliu  parem de criticar sem saber a solução, parem  parem de revolta de sofá, parem de ser massa de manobra, parem de contar novelas como quem conta a vida, parem de não procurar um livro, parem de jogar a cuulpa na sociedade, parem de se auto marginalizar, parem, parem de ser preconceituosos (até consigo mesmos), parem de ser tão chatos, parem.

O mundo agradece.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Vai levando

Não é uma pedra, nem uma formiga ou qualquer coisa desse tipo - já procurei -, mas existe algo totalmente desconhecido que incomoda.

Algo como uma pedra no meio do coração que o impede de bater compassadamente, algo como uma atmosfera sem oxigênio que quase não me deixa respirar, algo como uma formiga quase invisível caminhando pelo corpo todo e causando tamanho incomodo, algo que traz dores generalizadas sem causa conhecida. É, tem algo aqui que me incomoda profundamente e quase não me deixa pensar, respirar ou sentir.

É uma sensação de que algo - muito grande - vai dar muito errado. De que nada está em seu lugar, de que não estou acertando, de que alguém está sofrendo.

E eu fico tentando achar a causa, tentando me distrair, tentando rir, tentando fingir que o incomodo não existe, tentando achar um lugar agradável em meio a esta selva quente.

Mas nada melhora, nada agrada. Lugar nenhum, nem estar cor de céu, nem este quadrado de paredes brancas e irregulares com mesa cheia de papéis e claridade desumana, nem o conforto do lar.

Talvez colo de seres amados melhorem o desconforto, mas enquanto não tenho, eu vou levando.