quinta-feira, 27 de maio de 2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A sensação é toda estranha. Há aquela leveza acompanhada de uma dor profunda, tão profunda que nem sei em que parte do coração é formada e disseminada. Os olhos permanecem marejados de lágrimas o tempo todo e ao menor descuido do pensamento, elas escorrem sem vergonha alguma. O corpo todo está amolecido, os dedos tremem, as pernas não conseguem firmar-se, o pensamento esquece-se em qualquer esquina - sem querer pensar em nada, nada.

Só uma oração acalma tudo, só assim vem o descarrego de consciência de que é a melhor coisa a ser feita no momento (e não é a melhor coisa a ser feita em todos os momentos?).

O coração se enche de luz e tenho a certeza de que a luz que produzo, por menor que seja, chegará até você e lhe será caminho na escuridão do esquecimento (porque desconhecido não é) e lhe será confortado o coração e poderá permanecer em paz a olhar por nós.

Guardarei seu último sorriso e suas últimas palavras. Ah, estava tão linda e tão serena. Ali, em seu leito parecia não tomar conhecimento da terrível doença que lhe acometia e consumia pouco a pouco as vísceras e a vida corpórea. Com toda a dor, com toda a fome, com toda a sede (nada mais poderia ser feito quando descoberto), trazia a face serena e um sorriso frouxo de criança. De criança que brinca e não tem preocupações.

Partiu em serenidade e assim há de permanecer. Não vi, nem faço questão de ter as lembranças do seu corpo já sem vida, seu espírito - que não era daqui - voltou alegremente para o lar, com a certeza de missão cumprida.

Segue o teu caminho na paz daquele que é nosso Pai. Leve minha oração consigo e boas lembranças. Até um dia.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Quando ele descobriu Deus e decidiu como plano de vida ter o coração puro e amar acima de qualquer coisa, meu espírito se engrandeceu e lotou-se de luz. Uma alegria suprema e duradoura penetrou-me os poros causando arrepios infinitos. Uma leveza de amolecer as pernas, de tremer dedos que quase não conseguem digitar tomou conta do meu corpo físico porque meu espírito inteiro estava grande.


Porque Deus me encheu de amor e este amor de nada vale dentro de mim. Eu o divido porque assim estou multiplicando.

Espalha teu amor como eu faço com o meu e me fará feliz.