quarta-feira, 6 de julho de 2011

Andei por todas as ruas e esquinas procurando a cor que eu perdi. Olhei-me no espelho e me assustei ao não conhecer aquele ser que me olhava de volta sem expressão, sem cor, sem vontade, quase sem alma.

A dor do coração é tão grande que já virou dor física. Doem os dedos perdidos sem toque, doem as pernas que já não sabem pra onde vão, doem os cabelos porque o vento já os abandonou. Sem esperança, sem cheiro de chuva ou de céu, sou engolida por um cotidiano sem sentido e vazio.

Passam horas, dias, meses e nada acontece, além do aumento da dor. As lágrimas já sabem o caminho certo, mas começaram a errar as horas.

De tudo isso - que é tão desconexo quanto esse texto - só ficam duas certezas: não fui feita para o amor e a cidade cansou de mim (ou será que eu cansei dela?).

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