sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Do eterno e sempre amor

Quando seu cheiro – vindo do céu – encosta no meu nariz de novo, milhares de reações são desencadeadas em cada pedaço de mim. Há no seu cheiro algo que me faz ter a sensação de ser completa e para sempre. Qualquer substância ali que me faz pensar em amor pela manhã de beijo morno, amor de lua cheia, amor de desejos pequenos que me fazem grande, amor de corpos cansados e sorridentes.

Maldade é meu nariz ficar sem o seu, já que ele não sabe querer outro. Maldade é o vazio em que bate meu coração, numa nota decadente que nunca chegará a ser canção sozinha. Maldade é acordar sozinha na cama gelada, sem sua respiração – aquela que me arrepia – em minha nuca. Maldade é não ter aquele abraço do meu tamanho, segurança diária que eu precisava pra viver. Maldade é minhas bochechas não ruborizarem mais porque não tem mais  estimulo dos seus olhos parados nos meus. Maldade é essa saudade enorme que eu sinto e que não tem data pra parar de sentir.

Preciso falar que eu sinto sua falta ou a tatuagem com os dizeres nas minhas costas já o bastam?

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