quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A noite finalmente dá sinais de que o ar volta a correr. Os sentidos aguçam-se a fim de captar uma leve brisa - que seria imperceptível, não fosse pelo calor insuportável do dia. Os pensamentos finalmente parecem se organizar e os sentidos lampejam pela volta das sensações mais simples.

E de primeiro pensamento vem a solidão. Mas a minha solidão não sabe ser só: sempre tem companhia de algumas letras que florescem adiantando a primavera já esperada. Solidão a gente tem que aprender a apreciar e isso requer tempo e sensibilidade. Depois de aprender a apreciá-la é que vem a certeza - quase cruel - de descobrir que no final solidão não existe. Sempre haverá uma brisa, um pássaro, gotas d'água, um cigarro e algumas palavras de alguém pra ler. Sempre haverá uma saudade no coração e ela faz-nos companhia quando fisicamente a companhia torna-se impossível por situações amontoadas da vida.

Pra curar a doce solidão, ainda existe a inspiração e a imaginação e com elas eu posso ir onde quiser.

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