sábado, 13 de fevereiro de 2010

Assustei-me. O coração tão logo bateu em disparate. Mas não, não roubaram a moto. Roubaram só o meu sossego, no lugar encontrei uma caixinha cheia de desassossego e incoerências.

Então tá, já que é o que quer, viverei cheia disso. Cheia de não conseguir parar, cheia de não conseguir dormir, cheia de sonhar com coisas vãs que só machucam, cheia de querer um pouco de tranqüilidade.

Maldito segundo de curiosidade que me levou a abrir aquela caixinha, tão bela, laço vermelho, pequena e simples. Deveria saber que nela estava tudo que me incomodava, deveria ter imaginado, deveria ter adivinhado. Não tenho, afinal, essa sensibilidade para adivinhações?

Mas deixa o dia correr e as pernas pararem de bambear por estarem ainda trêmulas. Deixa que as mãos fiquem bem e consigam escrever sem rabiscar. Deixa que a mente retome suas formas naturais para alinhar os pensamentos. Deixa que o coração bata rítmico e silencioso para que a vida possa continuar em paz.

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