segunda-feira, 11 de junho de 2012

As pessoas que eu gosto

Eu sou do tipo de pessoa que gosta de pessoas bonitas por dentro. Pessoas de alma radiante, leve e cheia de coisas bonitas pra contar. Mas é claro, que a beleza externa também me encanta.

Gosto de pessoas de nariz bem desenhado. É uma paixão antiga, sempre será. Não é a toa eu me recordar mais do nariz de uma pessoa do que de qualquer outra coisa em seu rosto/corpo. Perco-me por horas admirando um belo nariz. E esses narizes bem desenhados são ainda mais belos e encantadores quando sabem gostar de cheiro de flores do campo, livros velhos, de chuva e do meu cabelo.

Tenho encanto por mãos. Com dedos longos e finos. Ou nem tão finos. Ou nem tão longos. Mas que especialmente, além de bonitas, saibam fazer carinho no cabelo, cócegas na barriga, arrancar suspiros e sorrisos.

Gosto de pés. Pés branquinhos, limpos e doces. Pés que sabem aonde ir e onde chegar. Pés que sabem caminhar até você, em alguns momentos com toda doçura do mundo e em outros, com todo o calor que há na Terra.

Gosto de cabelos lisos e não lisos, desses bons de passar a mão. De pessoas que não tem medo que a gente desarrume o seu cabelo enquanto brinca de fazer carinho ou de bagunçar. Cabelos que deixam cheiros gostosos e de saudade no travesseiro da gente.

Gosto de bocas e das palavras que elas podem falar. Palavras pra fazer a gente rir, pra fazer a gente gargalhar, pensar, perder o fôlego, esquecer do mundo. Bocas que saibam que a beleza maior delas não está no seu desenho ou na sua cor, mas sim no que elas podem dizer pra gente em todos os momentos.

Gosto de dentes e do sorriso sincero que eles sabem mostrar pra gente. Pessoas que mostram dentes quando a gente tá triste, quando a gente conta uma piada - por mais sem graça que seja -, quando a gente fala algo bobo, quando a gente fala algo bonito, quando olham pra gente. Pessoas que sabem sorrir com a alma.

Gosto de pessoas com olhos bonitos que olham pra gente com a leveza da bossa nova, a malandragem do samba, o quente do rock´n´roll, a doçura da música clássica. Olhos que olham pra gente de verdade.  Que nos fazem ficar de bochechas vermelhas de tão profundo que nos penetram. Olhos que entendem a gente, só de olhar pros nossos.

Gosto de gente com cheiro, com cor, com tato, com poesia, com música, com leveza, com alegria, com amor. Gosto de gente que tenha jeito de gente e que eu, chamo de minha gente.


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