quinta-feira, 7 de junho de 2012

De como o tempo passa

Olhei o calendário e rapidamente várias sensações estranhas invadiram o meu corpo vindas de duas constatações: o ano (novamente) chegou em sua metade e o meu vigésimo sexto aniversário se aproxima a passos largos.

Lembrei de como a chegada dos aniversários era encantadora quando criança. Brigadeiro, bolo, presente, abraços, festa, comemoração, guaraná, balão. A proximidade dos sonhos realizados quando adolescente: faculdade, casamento, filhos, vida de adulta. E agora? Que sensações trazem a proximidade de mais um aniversário?

É tudo estranho após me dar conta de que o tempo tem passado, a vida tem passado, mas parece que não ando vivendo. Talvez por tudo passar rápido demais. O mundo gira muito rápido e eu, lenta em minhas assimilações, vivo com a sensação de ressaca provocada por essas voltas malucas e rápidas do planeta. E claro, corre sangue nas veias, eu estou vivendo.

Vivendo? Não seria isso a sobrevivência? Acordar cedo, trabalhar, receber, pagar as contas, ler, ver filme, família, amigos, bar, acordar cedo, trabalhar, receber, pagar as contas... Um loop infinito de coisas que se repetem sequencialmente. Um loop que parece não deixar brechas para fugas, nem para mudanças. Vida de adulto é assim, então? Será que não tem tanto brilho mesmo ou aos olhos de criança/adolescentes as coisas sempre têm mais brilho?

São muitas perguntas e quanto mais procuro respostas, mais perguntas aparecem. Não, isso não é uma reclamação formal da vida de adulta e do fato do tempo passar rápido demais - até porquê, talvez seja eu que me deixe passar -, isso é só uma sensação que apareceu aqui e que, dividindo, que fico mais leve.

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