terça-feira, 23 de março de 2010

E, assim, no teu corpo eu fui chuva.

Cantou assim Maria Gadú para mim. Eis a nova fantástica descoberta musical. E como ela escreve e canta o que eu sinto, deve ter conversado com Nando Reis para fazer as músicas.

Na chuva linda que presenteou meu dia por horas, foi nisso que pensei. Eu sou chuva no seu ser. Eu sou chuva no meu infinito tão incompleto. Eu sou chuva na minha saudade tão sua. Eu sou sua chuva de horas ociosas.

Mas eis que ela canta no passado. No meu e no teu passado mais-que-perfeito. Porque o presente tem conjugação desconhecida, só conjugo agora o verbo chover em você e me encher de você até estourar, até transbordar.

Sou sua chuva até a última gota existir.





Deixa eu me transbordar de você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário