sábado, 27 de março de 2010

A maquiagem toda borrada ressaltava as cores dos meus olhos tão vivos. Acordei como deveria ser. Nos meus dedos escorriam sonhos e aventuras. Ou melhor, aventuras sonhadas.

Na leveza de amanhecer o dia pela metade, senti uma ponta de saudade de não sei o quê. Como se algo que nunca precisei me fizesse tanta falta.

O frio, o cinza e seu cheiro no meu peito. Sim, descobri! A saudade que sinto é sua. E é fato, não preciso, mas sinto falta.

Você é pra mim, algo que me mantém presa em um lugar onde nunca quis nem estar. A raiz já é tão profunda que é difícil cortá-la, especialmente porque um dia resolveu arraigar-se ao coração. Cortá-la significaria a morte. Não a morte física, mas a morte do amor meu e isso é irreversível.

Quando um amor tido como único e belo morre, nunca mais poderá haver outro amor para tomar seu lugar.

Então, não me deixe, volta, porque a beleza do amor depende de dois lados, não de um sozinho.


Ne me quitte pas

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